Entrevistas

Rafael Suzuki: Enfim o primeiro título brasileiro!


| 13 anos atrás | Por:
Foto: Flávio Quick

Foto: Flávio Quick

Na última semana o Kartódromo RBC Racing, uma das principais pistas do país e sede da empresa RBC Preparações de Motores sediou pela primeira vez em sua história o Campeonato Brasileiro de Kart.

Para coroar e ficar realmente marcado na história da pista uma vitória em especial foi comemorada pela time comandado por Rafael Cançado, o título da categoria Graduados, com o paulista Rafael Suzuki.

Com 23 anos dos quais mais da metade dedicados às corridas de kart, Suzuki falou com exclusividade ao site da RBC a importância desta conquista e também falou um pouco de sua carreira:

1) Há quanto tempo você compete de kart?
Há 12 anos, comecei a correr nos campeonatos da Granja e fui correr meu primeiro Brasileiro em 2003.

2) Antes deste Brasileiro, quais eram os títulos mais importantes da sua carreira? No kart eu ganhei a Seletiva Petrobras, o Sul-Brasileiro, o Paulista da Granja Viana e outros três vices em Brasileiros e Copa Brasil além de alguns outros bons resultados no Mundial e Pan-Americano.

Foto: Flávio Quck

Foto: Flávio Quck

3) No início de julho você esteve no Open Minas e venceu diante de um grid com a maioria dos pilotos que participou do Brasileiro. Esta corrida foi importante na sua preparação?
Sem dúvida, correr o Open Minas nos deu uma boa noção do que a gente precisaria para chegar bem no Brasileiro. Mesmo tendo vencido o Open com boa parte dos pilotos que correram também o Brasileiro, a gente precisou trabalhar muito até porque todos chegariam ainda mais preparados.

4) O Kartódromo RBC Racing é uma das pistas mais modernas do país. O que você pode comentar sobre a pista, sua infra-estrutura e o que foi montado de forma “extra” para este Campeonato Brasileiro?
Esse foi o Brasileiro mais legal que corri, mas não porque eu ganhei. Até comentei com amigos durante o evento sobre isso, tudo estava muito legal e todos com quem eu falava diziam o mesmo. A pista em si é fantástica, praticamente todas as curvas são pontos de ultrapassagem e esse é o tipo de pista que todo piloto gosta.

5) Na primeira fase do Brasileiro você se apresentou para correr com um chassis da marca Thunder, assim como na segunda fase. A surpresa foi geral para todos uma vez que você sempre representou, de forma oficial, a Kart Mini. Como foi esta mudança? O que aconteceu?
Simplesmente foi um convite do Ruben Carrapatoso, que está com a costela machucada, para substituí-lo na Thunder. Eu não vinha correndo de kart freqüentemente há alguns anos então não tinha um vínculo com a Kart Mini, apesar de respeitá-los muito pelo período em que eles me apoiaram quando eu era piloto de kart, de fato.

Foto: Flávio Quick

Foto: Flávio Quick

6) Praticamente em toda a sua carreira você competiu com os motores da RBC e com a Sabiá Racing. Qual a importância destas duas empresas e pessoas na sua conquista?
Ambos tem a mesma grande importância nesse título, minha primeira corrida com a RBC foi há 10 anos e com a Sabiá Racing há 8. Toda a equipe do Rafael como a do Sabiá sempre trabalharam duro para que eu pudesse ser competitivo, e é por isso que eu queria tanto ganhar esse Brasileiro, para poder retribuir um pouco desse esforço. Consegui, e não poderia ter sido em uma ocasião mais especial, principalmente por ser no RBC Racing.

7) Quais as principais diferenças entre os chassis Thunder e Mini? O que você pode destacar como características mais marcantes no Thunder, uma marca nova no mercado Brasileiro?
Ambos são chassis muito bons, é só olhar para os resultados. Prefiro não deixar específico a minha opinião de cada um até porque isso varia de piloto para piloto. A Thunder é uma marca nova no mercado, e por isso é preciso ressaltar o fato de terem sido campeões tão cedo. Isso só mostra a seriedade deles em disputar o mercado com empresas tão tradicionais e importantes como a Kart Mini.

8) Nesta semana do Brasileiro de Kart, apesar de ter andado bem em alguns momentos, você não chegou a ser apontado como favorito. Existiu uma estratégia para as classificatórias e pré-final? Conte como foi a preparação desta conquista.
Acho que a estratégia era não ser o favorito (risos). Nós estávamos bem e viemos evoluindo durante os treinos e as corridas principalmente, porque viemos testando aos poucos para encontrar o melhor acerto para a final. Nas corridas algumas vezes eu era muito bom no começo e outras vezes no final, então sabíamos que era uma questão de colocar “tudo junto” para a final.

9) Em uma temporada passada, em Florianópolis, você perdeu o Pan-Americano e o Brasileiro, na mesma curva, quando liderava as corridas. Em que ano foi isto? Esta filme passou pela sua cabeça em algum momento? Como foi a expectativa nas últimas voltas deste Brasileiro?
Foi em 2006, na verdade todo mundo acha que aqueles dois fatos foram iguais, mas pra mim não. No Pan-americano eu fui atrapalhado por um retardatário que não respeitou a bandeira em que ele deveria entrar no parque fechado e não atrapalhar o líder. No Brasileiro sim, foi um erro na chuva que custou o título. Mas nada disso voltou na minha cabeça nas voltas finais, aquilo ficou pra trás e hoje eu penso que foi “bom” sofrer por algumas derrotas para poder me fortalecer e subir na carreira.

Esse título veio com uma das melhores corridas que já fiz, saber que eu não ganhei por mim e sim por toda uma equipe que sempre acreditou em mim é uma sensação incrível. Com certeza foi um dia inesquecível.

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